Beto Carreroooooooo…

Em um grupo de WhatsApp, conversando sobre promoções de passagens, surge uma brilhante ideia: – partiu Beto Carrero? E na mais pura sintonia todos respondem: – vamos!

O parque temático mais famoso do Brasil funciona das 9h às 18h e fica localizado no município de Penha, em Santa Catarina. Apesar de obter muitas atividades infantis, o ambiente agrada “gregos e troianos”, pois se trata de um universo lúdico que mistura emoções e adrenalina, algo que todos gostam independente da idade.
Foi uma viagem bem tranquila, onde tudo se encaixou perfeitamente: o tempo ajudou (apesar do frio, não choveu), as filas estavam pequenas, comemos bem (apesar dos preços exorbitantes da praça de alimentação do parque) e ainda conseguimos ver o primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo de 2018. Foi tudo lindo!

Apesar, de como já foi citado, ser um cenário mais infantil, destaco três atividades que me diverti muito:

1 – Tchibum: um canal de água onde os barquinhos-troncos passeiam a 15 metros de altura até despencarem a 80 km/h em um tanque de água. São duas subidas e descidas, que deixam os visitantes encharcados.

  • Nada mais divertido que ver a reação da sua namorada em um brinquedo que tem uma certa altura e você ainda se molha por inteiro.
  • Faça ele pelo final do dia, pois você fica realmente ensopado.

2 – Portal da Escuridão: Idealizado pela empresa de criações temáticas Indiana Mystery, inicialmente se chamava Castelo do Terror. Na atração, os visitantes passam por sete cenários inspirados em famosos filmes de terror, como “O Exorcista” e “O Massacre da Serra Elétrica”. A atração é paga à parte, ou seja, não está inclusa no passaporte.

  • É muito engraçado quando a pessoa que ficou com mais medo é a menos esperada. Não irei citar nomes para não constranger amigos.

3 – Fire Whip(Chicote de Fogo): Inaugurada no final de 2008 em comemoração aos 17 anos do Beto Carrero World, a Fire Whip, a primeira montanha-russa invertida do Brasil, tem 40 metros de altura, cinco inversões, 700 metros de extensão e atinge uma velocidade de quase 100 km/h. Com uma capacidade de atendimento de até 1.100 passageiros por hora, proporciona um sobrevoo por lagos e cachoeiras, em área cenográfica construída especialmente para a montanha-russa. Seu nome é uma homenagem ao icônico chicote do cowboy Beto Carrero. O custo total da montanha russa chegou à R$ 15 milhões.

  • O brinquedo mais épico do parque. Para quem gosta de se aventurar essa é a atividade certa. Sem dúvidas foi a minha atração preferida de toda a viagem.

Foi uma viagem realizada em um fim de semana. Fácil, prática e inesquecível.

Amazônia: no espírito da selva

Era mais um dia comum, quando de repente recebo uma mensagem da minha prima perguntando se eu tinha coragem e disposição de conhecer a Floresta Amazônica. De imediato topei, não sabia muito bem o que iria encarar, mas adoro uma boa aventura e nos damos muito bem viajando juntos, eu mais calado e organizado, ela mais comunicativa e bagunceira (risos). Sempre serei grato por esse convite.

A nossa trip começou de forma bem tranquila – talvez por já sabermos tudo que nos esperava nos dias seguintes – mas de forma enriquecedora. No primeiro dia, escolhemos dar uma volta pela cidade de Manaus e garimpar o que uma das maiores capitais do país tinha para nos proporcionar. Destaco a nossa visita ao Mercado Municipal, onde conhecemos a animada vendedora Gleicy, ao Teatro Amazonas, símbolo da cultura manauara, e ao restaurante Tambaqui de banda, local onde comemos muito bem e nos divertimos muito em um diálogo animado com os comissários da LATAM, amigos que fizemos espontaneamente durante as caminhadas pela cidade.

O segundo dia de viagem, como já esperávamos, foi muito mais agitado e impressionante. Já era uma prévia do que seria nossa aventura na selva nos próximos dias. Fomos até os rios Negro e Solimões, para ver o encontro das águas, visitamos o  Parque Ecológico do Januari e vimos as lindas vítória-régias, nadamos com os botos em seu habitat natural e na Aldeia Tuyuka dançamos e conhecemos os costumes de uma real tribo indígena. Ressalto aqui a emoção que senti em ver os índios nos mostrando as suas tradições. Foi rico demais presenciar algo assim tão perto.

Vivendo e sonhando in the jungle
Estava para começar a parte mais emocionante da viagem. Ansiosos demais. Seriam 3 dias na selva. Rumo ao inesperado e a experiência que, provavelmente, iria marcar para sempre as nossas vidas.

1º dia
Entramos em uma Kombi. Chegamos? ainda não. Entramos em uma voadeira. Chegamos? ainda não. Entramos em mais uma kombi. Chegamos? creio que não. Entramos em uma lancha. Chegamos, moço? Agora sim, e era incrível! Estávamos chegando na Pousada Juma Lake, um lugarzinho lindo, no meio da mata, onde seu restaurante é uma casa flutuante na beira do rio, seus funcionários são de uma humildade ímpar e sempre com um sorriso no rosto. Ah, não posso esquecer de falar que tinham muitos gringos no local, mas muitos mesmo, éramos, praticamente, os únicos brasileiros no espaço. Então bora “brasileirada”, bora valorizar as nossas riquezas!

Malas organizadas, nos preparamos para o primeiro passeio de canoa, onde seriam feitas observações dos bichos da região, a pesca de piranhas e contemplação do pôr do sol. Depois de jantar, fechamos o dia com chave de ouro, indo fazer a  focagem de jacaré, onde tiramos fotos e recebemos uma aula sobre o animal e sua preservação.

2° dia
No segundo dia de mata, acordamos cedo para contemplar o nascer do sol e os pássaros. Voltamos para a pousada e, após o café da manhã, fomos realizar uma caminhada na floresta. Durante o percurso, o guia mostrou e explicou diversas curiosidades, como informações sobre as plantas medicinais, técnicas de sobrevivência e ponderações sobre os bichos locais. Essa era a parte fácil do dia, mas a noite nos esperava, era o dia de dormir, de fato, na selva.

Saímos da pousada próximo do entardecer em busca de achar lenha para a fogueira e ir para a tão aguardada ilha. Chegando no local, o tempo passou muito rápido. Montamos a fogueira, organizamos as redes, colocamos os mosquiteiros (não esqueçam nem por um segundo de levar repelente), botamos o frango para assar e fizemos colheres e pratos rústicos. Estávamos famintos, só esperando a comida ficar pronta para comermos e irmos dormir antes que ficasse um breu total, mas foi nessa hora que nosso guia mais uma vez nos surpreendeu: ele nos convidou para entrar na canoa, pois iríamos observar as estrelas. QUE MOMENTO MÁGICO! Quando me dou por mim estou no meio de um rio, vendo um céu estrelado e o seu reflexo na água. FOI CENA DE FILME DE HOLLYWOOD! Para mim foi a experiência mais marcante da viagem, é inexplicável. Depois de curtir muito esse momento, voltamos para a ilha, comemos como esfomeados e nos preparamos para dormir.

A madrugada foi uma mistura de risos com medos. Eu, particularmente, sofri com a rede, não estou acostumado em dormir assim. Alguns sofreram com os barulhos dos animais. Outros com a imaginação. O imprescindível é dizer que todos, certamente TODOS, que viveram essa experiência saíram dali se sentindo vencedores e muito mais próximos de Deus.

3º dia
Fechamos o nosso roteiro visitando uma casa de Caboclos (nativos da região), aprendendo sobre seus costumes e hábitos. Na volta para Manaus nem sentimos o cansaço da longa viagem e de todas essas aventuras. A nostalgia de tudo que vivemos falava mais alto. Era uma mistura de saudade, mas com gostinho de conquista e de realização.

A viagem foi organizada através de um pacote feito com a Iguana Turismo. Seria bem difícil passar por tudo isso sem ter por perto guias e pessoas dedicadas ao nosso lado. Entre os diversos ótimos profissionais que nos atenderam, gostaria de deixar em evidência o guia Matheus, rapaz humilde e de um coração gigante, que passou a vida na floresta, e assim aprendeu tudo e um pouco mais sobre ela. Ele é a prova viva que quando queremos algo, o nosso esforço e dedicação são fundamentais para que tenhamos sucesso.
Desde que realizei esta viagem, sigo minha vida mais encantado com toda a riqueza que Deus permitiu que os homens usufruíssem e mais forte para derrubar as barreiras que aparecem pelo meu caminho, assim como o grande homem que me guiou pela selva.

Voando alto em Nikity

Já dizia o sábio Leonardo da Vinci, “uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar”. Ele estava certo. Voar foi uma das experiências mais indescritíveis de toda a minha vida. Uma emoção que vai ficar guardada para sempre na minha memória.
O dia começou como qualquer outro. Acordei cedo, tomei banho e fui para rua em busca de aventura ou de algum contato mais próximo com a natureza. Apesar de ter marcado tudo direitinho para o voo duplo de parapente, não me ligava ainda que estava indo para algo tão emocionante. Sabe aqueles dia que vai acontecer um grande evento, mas você ainda está meio desnorteado por causa do sono? Então, eu acordei assim.

Cheguei no local cedo e, ao reparar que a pista estava vazia, fui direto falar com o instrutor para começarmos a nos preparar para o salto. Foi nesse momento que comecei a ter noção do que estava acontecendo. Depois de equipado, perguntei se teríamos que correr para o precipício (parte que eu tinha mais receio), mas ele me explicou que devido a velocidade do vento, iríamos até a ponta da rampa e correríamos para cima (para o meu alívio).

Depois de estar lá no alto foi só curtir a paisagem, a brisa e algumas emoções (pedi para o instrutor brincar um pouco, para eu sentir que o esporte também tem adrenalina). Ver as cidades de Niterói e do Rio lá de cima é como se deparar com a mais profunda das poesias.

A descida foi super tranquila e assim fechei o meu incrível e inesquecível passeio. Agradeço demais ao meu condutor André Pacheco (Wolverine). Uma pessoa incrível, que se mostrou super atencioso e paciente com todos os meus questionamentos. Quem quiser mais informações ou o contato dele é só falar que eu passo em mensagem privada.

Afirmo que todos precisam ter uma experiência como essa, pelo menos uma vez na vida. É única. É motivadora. É inspiradora. E como Da Vinci já tinha me avisado, eu não consigo mais parar de olhar para o céu.

Uma viagem a três

Como sempre as minhas viagens são decididas num “susto”, através de decisões rápidas para aproveitar promoções de passagens aéreas, e quando vejo, lá estou eu de novo em um avião. Dessa vez o destino foi o Maranhão, e a primeira emoção da viagem aconteceu na ida, quando escutamos um barulho, como uma freada brusca, e o piloto avisou que faltou potência para decolar. O horário do vôo que era nove horas da noite, foi remarcado para as duas da manhã. Tudo isso gerou um pouco de cansaço e estresse, mas eu estava em ótima companhia, meu filho e a namorada embarcaram nessa comigo… (risos).
Foram muitas emoções, porém sinto que se escrever todos os detalhes, as histórias vão se transformar em um livro. Por isso, tentando colocar poucas palavras na minha narrativa, anotem aí as mães interessadas em aventuras: atravessei caminhos tortuosos em mata “quase” fechada numa Toyota 4×4, escalei dunas de quase trinta metros de altura, percorri o rio Preguiças em uma lancha conhecida como voadeira (podem acreditar, ela voava mesmo), interagi com macaquinhos, andei de quadriciclo, muito bem acompanhada por sinal… (jamais esquecerei).

Conclusão da viagem: a Vilcinéa que foi para os lençóis maranhenses não foi a mesma que voltou. Exausta, com dores no corpo, mas também cheia de ótimas recordações, lembranças lindas, de paisagens que vi, do encantamento por aquelas dunas e lagoas, onde a emoção tomou conta de quem esteve ali.

E o principal dessa viagem a três, que foi uma experiência, um aprendizado em minha vida, foi perceber que uma ligação muito forte se formou, através do amor subtraímos as dificuldades e somamos tudo de bom que essa viagem nos proporcionou.

No ritmo dos Lençóis Maranhenses

Pense no paraíso… o quê lhe vem a cabeça?

Um lugar em que a paz é presente a todo instante, que a energia e as cores dos lagos e lagoas modificam-se de acordo com o brilho do sol, que a areia é tão branquinha que dá pra se sentir nas nuvens? Bom… se for isso, você precisa imediatamente conhecer os Lençóis Maranhenses. Uma viagem emocionante do início ao fim.
Claro que não será possível que você viva as mesmas peripécias que eu vivi, mas poderá compreender certas emoções seguindo um circuito similar. Existem diversas possibilidades de fazer o seu roteiro, eu achei mais prático fechar um pacote, como eu sonhava, com uma agência local: a Santos Turismo.

A minha viagem pode ser dividia em 3 etapas: Barreirinhas, as cidades vizinhas e os rios.

Barreirinhas
É a cidade protagonista da viagem. É nela em que fiquei hospedado e fazia as principais refeições do dia. Trata-se de um lugarzinho muito simples, com poucas pessoas, poucos comércios, poucas escolas, poucos restaurantes, mas com diversas agências de turismo.

Não estava dando muito valor ao pequeno município, mas, principalmente, por causa dos passeios comecei a ver a riqueza cultural e natural que existe neste local. Em Barreirinhas conheci o Rio Preguiças e os Lençóis Maranhenses, através do Circuito da Lagoa Bonita e da Lagoa Azul.

Os circuitos citados são os principais passeios do Maranhão e tem percursos bem parecidos. Os dois partem por volta das 14h, com o objetivo de finalizar com o pôr-do-sol; o trajeto é dentro de trechos bastantes acidentados, com muitos galhos passando rente ao carro; e a duração da viagem têm cerca de 1h. A grande diferença entre os dois passeios é uma duna, de aproximadamente 30 metros, que é necessário subir para chegar até a Lagoa Bonita. É super exaustivo mas, talvez seja por causa disso, que ela, para mim, possibilita a vista mais bonita de todos os percursos. É lindo demais ver todos aqueles lençóis lá do alto, chega a emocionar.

Vassouras, Caburé e Mandacaru
Conhecer as cidades vizinhas de Barreirinhas também foi uma ideia que deu bastante certo. Além de serem cidadezinhas super simples e lindas, a forma de chegar até elas foi bem empolgante, através das voadeiras, um barco de alta velocidade.

Em Vassouras tivemos a oportunidade de conhecer os pequenos lençóis e os macaquinhos ladrões de comida. Em Mandacaru subimos os 160 degraus do Farol de Preguiças para observar toda aquela belezura. E em Caburé rodamos as praias de quadriciclo (literalmente) e relaxamos nas redes.

Rio Formiga
Neste rio foi onde aconteceu o nosso último passeio. Provavelmente foi o passeio mais distante se comparado aos outros, mas, assim como todos, valeu super a pena as horas de percurso. Primeiro, por se tratar de mais um lugar encantador que conhecemos. Segundo, por fazermos todo o passeio sendo guiado por nativos. E terceiro, porque o passeio de bóia é super relaxante.
Afirmo que para mim foi bem complicado explicar uma experiência “gigante” como esta de forma sucinta. Tentei resumir o máximo possível, sem tirar o contexto da história, para conseguir contar tudo para vocês, sem ser maçante e chato. Espero que compreendam um pouquinho da sensação que tive, pois nesta trip aconteceu, novamente, algo que eu sempre falo: – Entre os sonhos possíveis, o melhor é sonhar acordado. E eu sonhei.

Fábrica Bhering: entre os souvenir’s e a arte

No último fim de semana descobri um lugar inovador na Zona Portuária carioca. Um espaço que transpira economia criativa e modernidade no estilo “carioquês” de ser.
A antiga fábrica de chocolates abandonada foi revitalizada e se transformou em um dos mais efervescentes pólos artísticos da cidade, reunindo sob suas estruturas rústicas diversos profissionais criativos das mais variadas áreas. No local, pode-se encontrar ateliês fotográficos e de artistas plásticos, escritórios de design e arquitetura, estúdios, oficinas de movelaria, grifes, brechós e diversos bistrôs.

Vale ressaltar, que o melhor dia para visitação é o primeiro sábado de cada mês, das 12h às 20h, pois os ateliês abrem suas portas para a visitação do público no evento “Circuito Interno”, com entrada gratuita e atrações especiais.
O prédio, construído em 1930, manteve suas características originais, preservando parte de seu maquinário e as paredes desgastadas pelos anos de abandono, entretanto, trouxe a criatividade do século 21 e se tornou, possivelmente, o complexo artístico mais completo do Rio, e perfeito para turistas, pois nele podem experimentar da nossa arte, culinária e souvenir’s.

Já conhece o CouchSurfing?

O projeto sem fins lucrativos, que vem conquistando o país, foi criado por Casey Fento, em 1999, e têm como objetivo conectar pessoas atrás de hospedagens gratuitas.
Apesar de ser uma ideia inicialmente meio doida, ainda mais em um mundo tão perigoso, o CouchSurfing vêm dando muito certo. Em 2012, a marca atingiu mais de 1 milhão de membros em 180 países. Além disso, o projeto possibilita um enriquecimento cultural único, com as diversas possibilidades de trocas de experiências.

Caso tenho ficado interessado siga esse passos para se cadastrar ou para, pelo menos, entender mais sobre:

  • Acesse o site clicando aqui. Hoje no site você pode entrar com seu nome e e-mail. Se desejar, pode fazer o cadastro usando seu login do Facebook.
  • Não se esqueça que seus dados serão o cartão de visita. Preencha o mais completo possível. A primeira impressão é a que fica. Para que não haja dúvidas que você realmente é uma pessoa idônea, poste fotos e informações específicas. Também existe a opção de verificação, o que torna o seu perfil mais confiável. Em coisas desse tipo, indico se identificar da melhor forma possível e procurar pessoas que façam o mesmo.
  • Você será perguntado se têm a disponibilidade de receber alguém na sua casa. Escolha a melhor opção e evidencie as características necessárias que seus hóspedes devem ter para evitar qualquer tipo de transtorno futuro.
  • Antes de começar a se hospedar ou a receber hóspedes, viaje bastante pelo site, se aprofunde ao máximo e leia todas as regras possíveis.

Bom… agora que já compreendeu, aproveite ao máximo e conheça todo esse mundão com a ajuda de pessoas assim como você, que amam viajar e trocar experiências.

Na Natureza Selvagem (Into the Wild)

Lhes apresento o filme que fala com a alma de quase todos os mochileiros. Creio que o desejo relatado pelo protagonista já pulsou no coração de todos que são apaixonados por viajar. Quantos jovens viajantes já não pensaram em desistir de tudo, inclusive seus investimentos e laços com uma família aparentemente estável, para viver uma vida solitária na natureza?

Foto: Divulgação

O filme biográfico, escrito e dirigido por Sean Pean, é uma adaptação do livro de Jon Krakauer e conta a história de Christopher McCandless (Emile Hirsch), um jovem recém-formado, que decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos, em busca da liberdade. Durante sua jornada pela Dakota do Sul, Arizona e Califórnia ele conhece pessoas que mudam sua vida, assim como sua presença também modifica as delas. Até que, após dois anos na estrada, ele decide fazer a maior das suas viagens, e partir rumo ao Alasca.

Sucesso de público, a película concorreu a diversos prêmios expressivos e marcou uma geração. Até hoje, 11 anos depois de lançado, o mundo se lembra de Alex Supertramp (apelido criado por Christopher no período de viagens) como um dos grandes representantes do espírito aventureiro.

Brotas Hostel: o poder de um sonho

O 1º hostel de Brotas une conforto, comprometimento, cuidado e muito carinho.

É o local com o melhor custo-benefício da cidade e conta com: amplo espaço para relaxamento, piscina, 4 dormitórios, sendo 1 feminino, 1 duplo e 2 mistos, uma cozinha comunitária equipada, uma sala de televisão com tv a cabo, redes para descanso e leitura, churrasqueira, fogão a lenha e forno de pizza. Ou seja, ele conta com “coisa que não acaba mais”.

Foto:Divulgação

Em busca de descortinar o que tinha por trás daquele lugar de clima alegre e sossegado, conversei um pouco com a Gabi, idealizadora do Brotas Hostel. Na conversa, descobri a sua coragem e determinação em buscar os seus sonhos, além de uma grande demonstração do poder feminino.

Achei interessantíssimo o fato de uma mulher, em um país nitidamente machista, resolver sair de casa sozinha em busca dos seu sonhos, que, pelo o que eu entendi, era achar um lugar em que pudesse se sentir em casa.

Então, por trás deste hostel, que conta com inúmeras qualidades, existe ainda um “plus a mais”, que é a força de uma pessoa claramente determinada cuidando para que tudo saia de acordo com a necessidade dos seus hóspedes.

Nem preciso dizer porque indico esse lugar, né? Acho que depois desse resumo que fiz, basta você pegar as malas e partir pra lá!

Brotas é mais do que a terra do Daniel

Quando eu resolvi ir pra Brotas muitas pessoas me perguntaram sarcasticamente: – O quê que tem de bom para fazer por lá? Todos só sabiam da existência do lugar, por ser a terra dos famosos cantores João Paulo e Daniel, nada além.

Eu, pra ser bem sincero, escolhi esta cidade para passear porque tinha uma breve noção da sua riqueza cultural, mas principalmente porque era próximo do local que eu e uma amiga íamos trabalhar. Era uma forma de incrementar ainda mais a nossa viagem.

Hoje, depois de ter conhecido a fundo a terra do popular cantor sertanejo, posso responder aos curiosos que Brotas é um lugar esplêndido e que não perde em nada para outros famosos lugares de belas paisagens. Além disso, afirmo que está implícito em seu universo a calma e pureza do interior, mas também as aventuras e grandes histórias que todo bom lugar oferece.

Cachoeira Cassorova

Quando estiver por lá não deixe de conhecer o Rafting e as Areias que cantam, sem dúvidas as atividades mais populares da região. Entretanto elas não são as únicas possíveis de serem apreciadas. Irei detalhar todo o meu roteiro para que possam ver as diversas opções de passeios que existem no lugar.

Eu segmentei as atividades da seguinte forma:

PASSEIOS COM AGÊNCIA
Existem alguns passeios que só podem ser feito através de agências turísticas. Entre as diversas possibilidades escolhi os dois que detalho abaixo. Creio que mesmo para as pessoas super econômicas esse seja o momento de “abrir a mão”, pois são duas atividades que farão total diferença no seu percurso pela cidade. Ah, no pacote ganhei de brinde a trilha para conhecer a Cachoeira Cristal. Entre as diversas agências que existem por lá, eu indico a Território Selvagem, fui muito bem tratado e todos os passeios deram super certo.

Rafting
O Rafting é realizado nas águas do Rio Jacaré Pepira, considerado um dos melhores para a prática desse esporte. O bote inflável comporta até sete pessoas, e o curso do Rio é um prêmio da natureza aos praticantes que desbravam corredeiras, refluxos e quedas d’água.

Tirolesa Mega Tour
Uma das mais altas do Brasil, com seus imponentes 120 metros de altura para ninguém botar defeito. Esse é um dos passeios mais procurados da cidade, que engloba não apenas a tirolesa, mas sim quatro atividades em apenas uma.

Cachoeira do Cristal
Na Trilha da Cristal em Brotas os únicos ruídos que ouvimos são dos pássaros cantando em seu habitat natural e aquele barulhinho gostoso vindo da Cachoeira de 15 metros de altura.

PARQUES
São diversos parques. Praticamente todas as outras atividades (além daquelas das agências) que você fizer será dentro de um parque. A parte boa é que tudo está super bem preservado, a parte ruim é que todo parque cobra uma taxa, então aconselho pesquisar bastante e escolher seus preferidos, foi isso que eu fiz.

Parque dos Saltos
Localizado no centro de Brotas, SP, o Parque dos Saltos foi construído numa região de grande desnível do rio Jacaré Pepira para abrigar uma pequena usina hidrelétrica, atualmente desativada. Pontes e trilhas pavimentadas em ambas as margens do rio permitem agradáveis passeios pelo parque, que também conta com alguns espaços para descanso e contemplação.
Importante: É o único Gratuito
Rua Alfredo Mangilli, S/N – Santa Cruz

Hotel Fazenda Areia que Canta
O Hotel Fazenda Areia que Canta guarda uma riqueza natural que, dizem as lendas locais, pode ter sido responsável pelo nome da cidade. Em uma clareira entre as árvores, depois de uma curta trilha, surge uma lagoa de água cristalina que permite enxergar o fundo de areia muito branca. Do solo, a cada par de segundos, uma bolha enorme se forma e um buraco se abre no chão, de onde sai água pura a 21°C. Trata-se de uma nascente do Aquífero Guarani. A água que flui pelas frestas do solo (a nascente chega a liberar 70 mil litros por hora) esculpe os minúsculos grãos redondos de quartzo do solo.
Endereço: Rodovia Eng. Paulo Nilo Romano (SP 225), Km 124,5
Tel: (14) 3653-1382

Recanto das Cachoeiras
As cachoeiras de Santo Antônio (15 metros) e Roseira (55 metros) são acessíveis por trilhas fáceis e rápidas. O parque oferece bons pontos para observar as quedas – entre eles, uma ponte suspensa em madeira -, além de poços para banhos. O espaço é privado e oferece ainda opções de caminhada por trilha, arvorismo, cavalgada, tirolesa e rapel. Entre os serviços, lanchonete e vestiário. Uma piscina instalada no alto de um mirante é a pedida perfeita após a caminhada.
Endereço: Estrada Brotas x Patrimônio, Km 11 – Serra da Roseira
Tel: (14) 3653-4227
https://www.recantodascachoeirasbrotas.com.br/

Ecoparque Cassorova
No parque você pode encontrar duas cachoeiras, a Cassorova (45 metros) e a Quatis (42 metros), as duas são acessíveis por escadaria e caminhada. A segunda é bastante procurada para a prática de canyoning. A trilha de acesso à Cassorova é curta e dá para tomar banho na piscina natural na base da queda. Já a dos Quatis fica 1,5 km adiante.
Endereço: Fazenda Cossorova – Acesso pela estrada para Patrimônio, a 30 quilômetros do Cen
Tel: (14) 3653-5638
Valor: R$ 60,00 para acessar o Ecoparque e utilizar da estrutura (Piscina, cachoeiras, trilhas, banheiro, ducha). Obs: Atividades como tirolesa, arvorismo, canionismo e almoço no restaurante são cobradas a parte.
https://www.cachoeiracassorova.com.br/

ATIVIDADES EXTRAS
Cito as atividades extras, pois o lugar realmente não tem quase nada além da parte relacionada a área verde. As únicas programações que encontramos foram estas. Ps: Muitas pessoas irão falar para você ir em uma cidade vizinha chamada Jaú… não vá!

Brotas Beer
Para quem curte tomar uma cerveja artesanal.
R. Ângelo Martineli, 85 – São João
http://www.brotasbeer.com.br/inicial/

Planetário da Fundação CEU
Observar o céu noturno no planetário da Fundação Centro de Estudos do Universo, o CEU, é um belo programa. As sessões começam às 21 horas, e terminam às 23h15. Vá no inverno, quando o céu está limpo. No roteiro de visitação, observação em telescópios, sessão de cinema em uma sala com telão 180 graus. O filme mostra constelações, fenômenos naturais como a aurora boreal, viagens a planetas do Sistema Solar.
Endereço: R. Emílio Dalla Déa Filho, s/n – Campos Elíseos
Tel: (14) 3653-9995 / (14) 3653-4466
Integral – R$ 64,00 | Estudante – R$ 32,00 com apresentação de carteirinha
http://www.fundacaoceu.org.br/visitantes/

Tirolesa Mega Tour

Acho que depois de todos essas atividades citadas eu não preciso reafirmar que Brotas é um lugar que vale muito de ser visitado, né? Aí vai uma dica: permita-se conhecer lugares novos e poucos explorados, as vezes eles podem lhe apresentar mais do que lugares famosos e lotados de turistas. O Brasil é rico demais para gente resumir nosso turismo aos mesmos lugares de sempre.